terça-feira, 24 de janeiro de 2012

1968 - Caetano Veloso - Caetano Veloso [3]



“Os Mutantes são demais” Caetano Veloso – Eles (Última faixa do disco)

Em 1968 o grande movimento artístico brasileiro ainda era a Bossa Nova, ou melhor, a  BozZzZa Nova, entretanto ao mesmo tempo começa a surgir uma juventude inquieta, onde os mais notáveis eram Tom Zé, Os Mutantes e Caetano Veloso. Dos três o mais preparado a assumir o status de líder era Caetano Veloso, que se mantinha um pouco distante da loucura (boa) de Tom Zé e das experimentações dos Mutantes, o mérito de Caetano era justamente em fazer da Tropicália movimento POPULAR. Prova da popularidade de Caetano se encontra na canção Alegria, Alegria uma das vencedoras do hoje lendário festival da Record.
O DNA do tropicalismo está nas 12 músicas desse trabalho de 1968, obviamente Panis Et Circenses foi o grande disco do movimento, mas Caetano Veloso de 1968 tem o mérito de justamente conseguir, se antecipar a onda que em pouco tempo eclodiria na cena musical nacional, juntando inúmeras influências, essa salada cultural pode ser notada na música que abre o disco: Tropicália.
No fim das contas Caetano fez um grande favor à música brasileira, na época onde era “Proibido Proibir” uma restrição foi imposta aos “quadrados” da época, que ainda tentavam ignorar o crescente desejo da juventude de inovar e abraçar a cultura brasileira, ou eles aceitavam a mudança ou se tornariam parte do passado, a Jovem Guarda que tentava copiar os clássicos da Motown e da Invasão Britânica se tornou velha, a Bossa Nova de nova só tinha o nome e o tal do Tropicalismo conseguiu a atenção do público, dos críticos e principalmente um lugar de destaque na história da música brasileira.

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